segunda-feira, 31 de maio de 2010

Loja Virtual – Quanto Custa Montar Uma? (Curso de E-Commernce - 06/04/2010)


Essa é uma pergunta que sempre nos fazem, mas a resposta não pode ser genérica nem abrangente sob o risco de sair completamente da realidade do mercado. Montar uma loja virtual é coisa séria e não adianta tentar pegar atalhos. Barato e fácil não é, ao contrário do que dizem várias pessoas e alguns provedores de hospedagem que oferecem soluções "mágicas". Tem muita tecnologia envolvida e certamente muito estudo e treinamento a ser feito. Bicho de sete cabeças também não é, mas a falta de informação tem selado a sorte de várias iniciativas que poderiam dar certo. Montar uma loja virtual é apenas um dos passos para um Projeto de E-Commerce completo.

Quais São os Custos?

Em primeiro lugar você deve ver o custo da plataforma de e-commerce que irá usar. Isso vai variar em muito, dependendo da solução. Soluções open source certamente são uma opção válida, mas dependendo da complexidade podem ficar bem salgadas em termos de preço. A vedete do mercado atualmente, o sistema Magento, não sai por menos de R$ 5.000 em uma instalação profissional. Outras soluções open source ficam até mais em conta, mas sua usabilidade a médio e longo prazo é questionável porque o Magento estabeleceu um novo patamar tecnológico no mercado.

Plataformas alugadas ou outros sistemas fazem parte da lista, mas sua aplicabilidade depende dos recursos disponíveis como opções para SEO e outras sem as quais o sucesso do empreendimento fica comprometido. Hoje em dia SEO é tudo em termos de divulgação, portanto, qualquer plataforma que não possua este tipo de recurso esta automaticamente excluída do leque de opções.

Divulgação da Loja

Montar um e-commerce sem preocupação com a divulgação é o famoso tiro-no-pé. Se na loja física todo mundo fica preocupado com a propaganda, porque agir diferentemente quando o assunto é a criação de uma loja virtual. Elas precisam de muita divulgação seja através de estratégias de SEO ou SEM. Se você não consegue ser listado(a) em ferramentas de busca – ver artigo – em posições de destaque compromete em muito o sucesso do negócio.

O marketing digital desempenha papel fundamental no plano de negócios de qualquer projeto de e-commerce hoje em dia. Relevar essa variável é não levar a sério o seu próprio projeto. Dentro de qualquer planejamento esta verba deve ser determinada com bastante critério, pois nos primeiros momentos da loja o uso do marketing digital é bastante intensivo.

Treinamento

O gerenciamento de lojas virtuais está ficando cada vez mais profissional e sua gestão tem que acompanhar esse movimento. Nem pensar na solução baratinha de passar a administração da loja para "a menina da contabilidade que sabe de Internet". Não que ela não tenha capacidade para isso, mas em termos de comércio eletrônico é necessário muito mais que conhecimento sobre navegação na rede.

É necessário conhecer os mecanismos do e-commerce, não só para gerenciar o negócio, como também para identificar oportunidades e se prevenir contra as ameaças do mercado. O treinamento tanto na etapa de planejamento para implementação da loja virtual, quanto na etapa de operacionalização do software de gestão, otimização da loja para ferramentas de busca, monitoramento dos acessos – Google Analytics - e outras funções é essencial para o sucesso de um projeto.

Postado originalmente no Blog do Curso de E-Commerce.

Fonte: Blog Burso de E-commerce, 06/04/2010
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Google conecta a televisão à internet (Estadão 21/05/2010)

Empresa anuncia Google TV, em parceria com a Sony, a Intel e a Logitech


SAN FRANCISCO - O Estado de S.Paulo
O Google lançou ontem a Google TV, sistema desenvolvido em parceria com a Sony, a Intel e a Logitech que permite surfar na internet na tela da televisão. O presidente da Intel, Paul Otellini, previu que a tecnologia de TV inteligente será a "maior evolução da TV desde as cores".

O gerente de produto do Google, Rishi Chandra, disse que o objetivo é ter o mesmo impacto na televisão que o smartphone teve no mercado de celulares.

A Sony fabricará televisores e leitores de BluRay já equipados com o sistema Google TV, e a Logitech produzirá conversores - ou seja, será possível usar os recursos da navegação na internet também nas TVs que já estão nas casas das pessoas.

Esses aparelhos poderão ser ligados à banda larga, para surfar na rede com o navegador Chrome, do Google. Eles também virão com o sistema operacional Android, também do Google, usado atualmente em celulares. Com isso, os programas desenvolvidos para o Android funcionarão também nos televisores.

Outras empresas já tentaram vender TVs que se conectam à internet na última década, sem sucesso. "Já vi esse filme", disse o analista Ray Valdes, da consultoria Gartner. "Eles estão tomando uma estrada marcada por iniciativas fracassadas como essa."

Mas o Google e seus parceiros acreditam que desenvolveram um sistema de internet na TV mais simples e mais atraente. Eles esperam que vários sites desenvolvam aplicações de notícias desenhadas para rodar no sistema.

Os aparelhos com o sistema Google TV chegarão ao mercado americano no segundo semestre, na rede de varejo Best Buy. O lançamento internacional deve acontecer no ano que vem. Não foram divulgados os preços.

Presença. Muitos lares americanos já têm televisores que se conectam à internet. Os aparelhos com conexão à web devem representar 19% das vendas de telas planas nos Estados Unidos este ano, e essa participação deve chegar a 46% em 2013, segundo a ABI Research.

Três dos maiores rivais do Google - Apple, Microsoft e Yahoo - também têm tentado levar vídeos e serviços da internet a televisores. O presidente da Apple, Steve Jobs, já descreveu a Apple TV, seu equipamento para conectar a televisão à internet, porém, como um "hobby". O analista James McQuivey, da Forrester Research, espera que a Apple se esforce muito mais nessa área agora que o Google está se expandindo para a TV. "O objetivo do Google é se tornar o sistema operacional para a sala de estar, e garantir que a Apple não irá se tornar", disse McQuivey.

O Google, que tirou a maior parte de seu faturamento de US$ 24 bilhões em 2009 de anúncios pela internet, quer transformar os TVs em monitores gigantes para surfar na internet e fazer mais dinheiro. A companhia estima que a televisão responde anualmente por US$ 70 bilhões em publicidade somente nos EUA. O Google tentou vender anúncios para a programação tradicional de TV nos últimos três anos, mas os resultados foram pouco representativos até agora. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


PARA ENTENDER
Sistema abre novas possibilidades

O novo serviço do Google competirá no movimentado mercado de dispositivos que permitem o acesso a serviços de internet pela TV, como TiVo, Boxee, Roku, Apple TV e Vudu. Com o novo sistema, o usuário poderá buscar o conteúdo que quiser assistir e o programa indicará como fazer isso, seja por meio de um canal convencional da TV ou por um site.
O Google TV deve permitir, entre outras coisas, que o usuário assista a um programa na televisão ao mesmo tempo em que participa na tela de um fórum de discussão em uma rede social, ou programa a gravação de conteúdos. O sistema também dará a possibilidade ao usuário de, por exemplo, efetuar compras pela internet.

Autor: Jornal Estadão.
Fonte: Estão.com.br/Economia, 21/05/2010

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pac-Man do Google causou desperdício de 4,8 mi de horas (Portal Exame, 25/05/2010)


Cálculo foi feito por empresa norte-americana RescueTime

Jogo foi colocado na página inicial do Google em comemoração aos 30 anos do Pac-Man

São Paulo - Se você perdeu tempo jogando Pac-Man na página inicial do Google na última sexta-feira (21), você não está sozinho. De acordo com estudo da RescueTime, a substituição da logo do buscador pelo game, por conta da comemoração aos 30 anos do Pac-Man, custou nada menos que 4,8 milhões de horas que foram gastas com a brincadeira ao invés de serem investidas em alguma atividade produtiva.

Segundo a empresa, que se baseou em dados de 11 mil usuários, em média os internautas passaram 36 segundos a mais na página inicial do Google na última sexta-feira, em comparação com dias comuns. E isso porque, segundo Tony Wright, representante da RecueTime, 75% das pessoas que viram o cenário do Pac-Man no lugar da logo não perceberam que o doodle era jogável. A empresa tomou uma base de aproximadamente 504,7 milhões de visitantes únicos em um dia do buscador.

Conforme os cálculos da empresa, divulgados por Wright no blog da companhia, foram gastas 4.819.352 horas no Pac-Man do Google (contra uma média diária de 33,6 mil horas). Os dados utilizados por Wright não representam a economia da maior parte dos países do mundo, mas, considerando o cálculo dele de que cada usuário do Google "custa" US$ 25 por hora gasta, significa dizer que US$ 120.483.800 foram "desperdiçados" com o joguinho.

A empresa ainda acrescenta que com esse valor seria possível pagar o salário de todos os 19.835 funcionários do Google, desde os faxineiros até os presidentes, por seis semanas.

Embora o título do post de Wright seja "O trágico custo do Google Pac-Man", o autor fez uma atualização ao fim do texto para explicar que "nós não achamos que isso seja realmente trágico". "Lazer é fundamental para a produtividade. Há estudos por aí que sustentam isso. Apenas achamos que era uma interessante brincadeira numérica".

O jogo do Pac-Man do Google foi feito para comemorar o aniversário de 30 anos do game e esteve na página inicial do buscador por 48 horas, entre sexta-feira e sábado (22). Devido ao sucesso da ação, o Google decidiu manter o jogo por tempo indeterminado, no link www.google.com/pacman.

Autor: Célio Yano.
Fonte: Portal Exame, 25/05/2010

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quem disse que mulheres e investimentos não combinam? (Blog Finanças Pessoais, 21/5/2010.)



Tomei conhecimento de uma iniciativa muito legal da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que inaugurou um canal de orientação financeira exclusivo para mulheres, e resolvi compartilhar com vocês.
Entretanto, antes de apresentá-lo, vale a pena conferir alguns números que mostram o que as mulheres representam para suas famílias e também características próprias delas que as diferenciam nos investimentos.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que mais de um quarto dos domicílios brasileiros já está sob o comando exclusivo de mulheres. Em dez anos, o número de famílias chefiadas por mulheres cresceu quase 80%. Recorrer a investimentos para incrementar a renda da família pode ser uma boa saída também para elas.

Pesquisas com investidores não profissionais mostram que as mulheres costumam ganhar mais na Bolsa do que os homens, já que eles têm o hábito de fazer excessivo giro nas carteiras devido a seu excesso de confiança, gerando altos custos de corretagem.
Homens e mulheres pensam e agem de forma distinta e seus investimentos devem refletir essas diferenças. Um homem encara um conjunto de aplicações como uma disputa com outro homem. Já a mulher tende a ter menor tolerância a riscos e objetivos de mais longo prazo, porque é mais paciente e pragmática.

Justamente para quebrar vários mitos, como “aplicação financeira é assunto de homem” ou “não tenho dinheiro suficiente e não conheço o mercado”, o portal “Como Investir?” criou uma seção exclusiva para falar sobre investimentos para mulheres.

Além de várias informações interessantes, tais como a divisão entre o modo que solteiras e casadas lidam com o dinheiro, dicas para economizar em casa, o caminho para a independência financeira, entre outros, há também uma excelente cartilha com 10 passos para alcançar os R$ 100.000,00.

A cartilha traz exemplos reais, cálculos, prioridades, mostra gastos com celular e sapatos, além de outras dicas para levá-la aos primeiros 100 mil reais. Li toda a cartilha e achei muito interessante a linguagem utilizada para abordagem de assuntos femininos.

Enfim, para quem se interessou (não apenas mulheres, mas homens também, para recomendar para suas namoradas ou mulheres) em conhecer esse canal exclusivo para mulheres e investimentos, cliquem AQUI e ótima leitura!

Autor: Rafael Seabra
Fonte: Blog Finanças Pessoais, 21/5/2010.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Brasil é destaque em engenharia aeronáutica (Site Brasil Econômico, 23/05/2010)


Inovação precisa ser bem gerenciada. Seleção de tecnologias aeronáuticas exige cuidado coma transição da invenção para o produto


Para quem não entende de engenharia aeronáutica, ver dezenas de “aviõezinhos” cortando os céus de São José dos Campos (SP) pode dar a impressão de assistir à prática de um hobby.

Mas longe disso, a competição SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade, na sigla em inglês) Brasil Aerodesign - realizada há 11 anos na cidade-sede da Embraer - tem sido responsável por colocar universitários brasileiros no radar da indústria mundial.

"Entrei na Embraer em função de ter participado da competição como estudante entre 1999 e 2000. O Aerodesign foi importante para conhecer engenheiros da empresa e a definir meu foco profissional", conta o integrante da equipe de projeto conceitual de aeronaves da companhia André van de Schepop.

Formado em engenharia mecânica, ele é o atual diretor de prova do SAE, responsável por coordenar a 11ª edição da Aerodesign no ano passado - disputa que contou com a participação de 81 projetos de protótipos de aviões desenvolvidos por futuros engenheiros do Brasil, Índia, México e Venezuela. "A surpresa da competição foi a presença dos indianos", recorda.

Mas há um motivo para os universitários do país asiático terem colocado o Brasil em suas rotas. Eles atravessaram o Oceano Atlântico porque a Aerodesign tem atraído cada vez mais a atenção de pesos-pesados do setor aeronáutico.

Tanto que a edição de 2009 foi patrocinada por EADS (controladora da Airbus), Embraer e Dassault Aviation (fabricante do caça Rafale, que concorre pelo fornecimento de 36 unidades às Forças Armadas brasileiras). "As empresas observam para descobrir pessoas", diz Schepop.

O olhar atento de Airbus, Dessault e Embraer se deve à dimensão que a competição vem ganhando ano a ano, curiosamente, em um Brasil comumente acusado de não ter mão de obra capacitada.

"O grande propósito é a formação de engenheiros que consigam ter uma experiência real de como fazer uma aeronave, com desafios parecidos aos enfrentados pela indústria", observa o diretor do SAE Brasil.

Nos ares americanos

Não foi sem motivo que a SAE Aerodesign East Competition, realizada este mês no Flying Field Club, em Fort Worth (EUA), copiou algumas regras da versão brasileira. Como resultado, as equipes Cefast AeroDesign, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), e EESC USP Micro, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), ganharam o quinto troféu da Classe Regular e o primeiro da Micro.

Foram 65 equipes de diversos países concorrendo em três categorias (avançada, micro e regular). O Brasil foi o destaque com 11 troféus - sendo um deles, o da Classe Regular, levantado pela quinta vez consecutiva."Isso coloca a gente numa posição de destaque", comemora Thalis Paccelli.

O capitão da equipe Cefast, e também vencedor do Aerodesign Brasil 2009, ressalta ter sido preciso investir cerca de R$ 12 mil para participar de ambas as competições - recurso conseguido em bolsas de estudos no Cefet-MG e patrocínio de empresas.

Mas o maior obstáculo a superar, segundo ele, foi desenvolver aeronaves leves, conforme estabelece a regra da competição americana, com capacidade para carregar a maior quantidade possível de carga - desafio similar ao enfrentado pela indústria, que busca fazer aviões que consumam menos combustíveis e transportem mais pessoas.

O monoplano (aeronave de uma asa) da equipe Cefast, por sinal, levou o troféu de maior peso carregado: 14,65 quilos sobre um avião com 2,9 metros de envergadura (soma de comprimento e largura das asas).

Estagiário em uma metalúrgica de Belo Horizonte, Paccelli diz que voltar dos EUA com um troféu respeitado pode ajudar na carreira.
"Participar da competição nos Estados Unidos é uma vitrine. Ganhar é melhor ainda, porque você é visto no meio", pontua. Agora, ele espera colher frutos. "Quem sabe não vou para a Embraer?"

A brincadeira pode se tornar realidade, como aconteceu à estudante do último ano de engenharia aeronáutica da USP São Carlos, Vera Beatriz Gomide.

Ela participou em 2008 da primeira edição da Fly Your Ideas ("Voe com suas ideias", em tradução livre), disputa organizada pela Airbus para descobrir novos talentos.

"Em setembro estou indo para a França para um estágio de um ano na EADS. Acho que ter colocado minha participação no Fly Your Ideas no currículo ajudou a ganhar o estágio", comemora.

Autor: Nivaldo Souza
Fonte: Site Brasil Econômico, 23/05/2010

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Japão quer transmitir Copa por Holografia (Portal Exame, 22/05/2010.)

O país, que deseja sediar o torneio em 2022, promete oferecer tecnologia para o mundo inteiro, caso seja escolhido


O sistema japonês certamente será mais realista que o de Star Wars

São Paulo - No Brasil, 2010 é o ano da Copa em alta definição. No mundo, o máximo que veremos serão jogos em 3D. Mas, no Japão, já se fala em transmitir partidas de futebol por holografia - não apenas pela TV, mas também dentro dos estádios.

O país, que deseja sediar o torneio em 2022, disse à FIFA que, caso seja escolhido, oferecerá tecnologia para o mundo inteiro assistir os jogos em projeções holográficas. Na prática, nós brasileiros poderíamos ir ao Maracanã e acompanhar os jogadores correndo pelo campo, em tamanho real, como se eles estivessem lá mesmo.

A proposta do Japão prevê um investimento de 6 bilhões de dólares para captar as partidas em 360 graus, utilizando 200 câmeras de alta definição. A ideia é capturar também o som em volume real e distribuí-lo pelo sistema de áudio do estádio. A instalação do equipamento de recepção seria feita em 400 estádios selecionados, alcançando 360 milhões de pessoas.

Toda essa parafernália traria uma bomba de gastos com energia, certo? Com certeza, mas o projeto inclui também painéis solares e dispositivos para retirar a energia cinética gerada em cada canto da própria arena.

Em comunicado, o diretor de tecnologia da comitiva da Associação Japonesa de Futebol, Jun Murai, admite que a proposta parece longe da realidade e lembra engenhocas de ficção científica. Mas o cientista da computação, conhecido como pai da internet japonesa, acredita que a tecnologia estará pronta muito antes do campeonato, já em 2016. E nós discutindo se o Brasil terá estádios decentes para a próxima Copa do Mundo.

Autor: Marco Aurélio Zanni.
Fonte: Portal Exame, 22/05/2010.

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Carro é Luxo - (Revista Você S/A 17/01/2010)

Comprar um segundo ou terceiro automóvel pode ser a decisão que faltava para desequilibrar o orçamento de casa


Carro não é investimento: perde 10% do valor quando sai da concessionária


Ter um carro na garagem, na maioria dos casos, é importante. Ele pode ser usado em momentos de extrema necessidade, como emergências, e para percorrer grandes distâncias, e também para o seu conforto, como viajar com a família no final de semana. Atualmente, com a facilidade para conseguir financiamento para veículos, muita gente pode ficar animada a aumentar a frota.

Em um ano, as despesas de um carro chegam a um terço do seu valor

A pressão é grande. Vem de fora, com o transporte público abarrotado em horários de pico nas grandes capitais associado à poluição sonora e visual, e de dentro de casa: os filhos chegam à maioridade e querem ganhar seu próprio carro. No entanto, antes de correr para uma concessionária e descobrir que as prestações cabem direitinho no seu bolso, é preciso lembrar que, independentemente de comprar à vista ou financiado, um carro traz consigo despesas operacionais. Em um ano, essas despesas podem chegar a um terço do custo de um carro novo.

Em alguns casos, até a metade do valor do veículo. “Tudo bem comprar um carro, mas é preciso ter consciência de que em três anos os gastos vão equivaler ao preço de um veículo zero quilômetro. Ou dois carros zero quilômetro, caso seja financiado”, diz Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro da consultoria Disop, em São Paulo. A dica para quem vai comprar um carro financiado é pegar o valor que se supõe suportar em seu orçamento e multiplicar por 0,66 (por exemplo: 1 000 reais x 0,66 = 660). Esse valor será o máximo que a pessoa deverá comprometer com as prestações mensais do veículo.

“A diferença será usada para arcar com as despesas do dia a dia, que surgem como bola de neve”, explica Reinaldo Domingos. O empresário paulista Bruno Yoshimura, de 23 anos, proprietário de uma agência produtora de sites, sabe muito bem quais são essas despesas. Inconformado com o salário que não durava até o fim do mês, ele decidiu colocar na ponta do lápis todas as suas despesas.

Ele descobriu que o carro era o maior devorador do seu patrimônio, mesmo tendo comprado o veículo à vista. “No começo você pensa: muitas das despesas são somente uma vez por ano. Só que além das despesas fixas, como o seguro (que já é mais caro para jovem) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), é necessário dinheiro para combustível, estacionamento, lavagem e manutenção do carro. No final, meus gastos mensais chegam perto de 1 000 reais”, diz Bruno. Ele acrescentou nessa conta alguns gastos imprevistos. “Em um ano já bateram na traseira, levei multa e furei um pneu”, diz.

Como saber, então, a hora certa de comprar um carro? Independentemente se a pessoa já possui um veículo ou não, ela precisa refletir o que um modelo novo vai representar na sua vida. E caso já tenha um carro, se os gastos de dois veículos não são arriscados demais. “Carro não é investimento, pois ele já sai da loja perdendo 10% do seu valor, é um bem de consumo de altíssimo custo. Portanto, ele deve estar associado a necessidades reais, e não a impulsos apenas por status”, diz Reinaldo Domingos, educador financeiro.

FINANÇAS PURAS
Sob o ponto de vista puramente financeiro, os analistas são unânimes: se for apenas para fugir do rodízio, ir e voltar do trabalho ou eventualmente levar os filhos a algum lugar — ou seja, quando o carro não é um meio essencial de sustento da família —, é mais adequado mesclar o uso de táxi e transporte público. Pelo menos até o profissional atingir certa estabilidade no trabalho e conseguir ter dinheiro suficiente que garanta a manutenção de alguns luxos como, por exemplo, não apenas bancar o seu próprio carro, mas também os dos filhos.



Bruno Yoshimura, 23 anos: o carro corroia seu salário.

Conheço executivos que não têm nenhum pudor de dizer que andam de metrô. Mas também conheço executivos com carros fantásticos, que transmitem aquela imagem de bem-sucedido, mas que no fundo são extremamente endividados. Eles estão comprometendo o futuro da saúde financeira familiar”, diz o consultor Ricardo Fairbanks Cacciaguerra, da consultoria Dinheiro em Foco, de São Paulo, que trabalha na área financeira há mais de oito anos. Ricardo ressalta que se o profissional necessita realmente parcelar a compra de um carro acima de 12 vezes, ele deve repensar o tipo de veículo que precisa para o dia-a-dia.

Em alguns casos usar ônibus, táxi ou metrô sai mais barato

“Escolha um modelo menos luxuoso e pague à vista. Se você não recebe 2,5% de juros ao mês em uma aplicação em que invista suas economias, por que está disposto a pagar essa porcentagem para uma concessionária?”, pergunta Ricardo. Decidida a compra, é necessário peregrinar comparando concorrentes. “Não é só entre as marcas e concessionárias. Você já pesquisou o valor do seguro do automóvel? Em quantas seguradoras? A diferença de preços pode chegar a 60%”, diz Ricardo Cacciaguerra.



Autor: Bruno Vieira Feijó.
Fonte: Revista Você S/A, 17/01/2010.

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